Peço
ao vento, que por mim passa,
que
leve consigo as palavras que não consigo conter
e
que sopre todas as mágoas que a vida fez questão de padecer
Peço
à chuva, de gotas frias,
que
lave as faces molhadas da água tinta de dor
e
beije os olhos já secos, lívidos … sem cor
Peço
à noite que se aproxima,
Escura,
muda e cativa
Que
seja meiga e me embale,
que
ternamente me fale
todas
as palavras de amor.
Fernanda Paixão, 2021.10.11
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