Passa veloz,
aquela nuvem no céu,
e a ave entre poisos,
ou o raio de luz que se quebra no
mergulho no mar.
Passa depressa a alegria do sorriso
que me fizeste traçar.
E porque tudo passa depressa, mesmo
sem pressa de passar,
pergunto-me tantas vezes se vale a
pena sonhar!?
Nesta existência feita de
instantes,
em que encontro ambas as faces de
um só desejo
relembro o errante e incerto
caminho,
e o tempo gasto em dilemas gigantes,
dos quais desejo sair;
perder-me entre gente que não
conheço, em ruas cheias de luz
ou correr sem direcção, pisando descalça
as quentes do pedras chão;
E saber que nada importa,
que tudo é um instante;
um o sopro, um fôlego ou o abraço
apertado que te peço em surdina,
ou a lágrima que já não cai quando a
alma dói.
Passa veloz,
a distância que se percorre a
correr,
ou sonho incompleto na noite
e a palavra que te digo ao acordar,
será que vale a pena Sonhar?
Fernanda Paixão, 2021 – Out - 03
Sem comentários:
Enviar um comentário