Páginas

quarta-feira, 3 de novembro de 2021

Quando Morrer

 

Um dia,

talvez amanhã, quando morrer,

quero ser pó.

Pó fino espalhado no vento.

Quero sair como cheguei,

uma ideia sem esboço

que apenas (sobre)vive naqueles que amam.

Quero que aqueles que amei fiquem na certeza do amor que lhes votei.

Quero poucos,

apenas os que verdadeiramente foram amor,

aqueles que comigo partilharam os sorrisos e a dor.

E que sobre o corpo que foi meu, lavado, nu e branco, repouse apenas um pano,

um pano que oculte os olhos já cegos e os lábios sem cor,

e que sobre ele me deixes o teu ultimo beijo, AMOR

  

Fernanda Paixão, 03/11/2021




Sem comentários:

Enviar um comentário