Discorre este tempo,
Ausente de mim!
Sou-lhe indiferente,
Um nada sem fim!
Discorre este tempo
Em fitas de cetim,
Escrevendo a história
Em folhas de pasquim!
Este tempo que sobeja se
lento,
Em rasgos de opressão,
Urge apressado
Em cada jubilação!
Discorre este tempo
Numa dança, em festim!
Sou-lhe infiel
Não se apercebe de mim!
E na letargia de alvores
Vagueia este tempo
Manchado de cores
Pois nele residem tantos
amores!
Cabem no tempo todos os ecos,
as vozes dissonantes,
os ensejos gorados
E as lágrimas concomitantes!
Neste tempo, carrasco da
vida
Em que hei-de soçobrar
Navega a minha alma,
que, volúvel, insiste em
vogar!
Discorre este tempo,
Ausente de mim!
Sou-lhe indiferente,
Um nada sem fim!
14.01.2014
Fernanda Paixão
lindo espaço e lindos poemas!! obrigada pela partilha!!
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