Levo-te
na palma da mão,
Fechado
com medo que quebres e sofras dos males do mundo!
Levo-te
fechado, aninhado mas sempre tangível e,
De quando
em vez, quando te tocam com a ponta do dedo e
Te mostram
um doce sorriso
Amotinas-te,
pululas acelerado, descompassado
E é impossível
conter-te,
Sais,
passeias-te alegre como se atravessasses campos dourados semeados de trigo
Ou dançasses
em verdes prados os sob azuis mais intensos.
E fluis,
e rebolas pelas colinas, e banhas-te em riachos de água fria e, sorris … és
feliz.
És
simplesmente, feliz.
Pouco
te importa o contratempo, a chuva, o trovão o mau tempo …. És feliz!
Mas
quando te feres e sangras
Nas
pedras que a vida semeia
Recolhes
nas mãos que te cuidam, as mãos que te sanam a ferida,
Que te
afagam e te aquecem e te servem de ermida
Que
te embalam até à próxima partida.
É impossível
conter-te no peito!
Fernanda
Paixão
05/10/2014