No fio, feito de luz,
Rasgão do nero das sombras,
Adeja o puníceo das folhas
Cambiante que escraviza e seduz
Tombadas no chão de verniz,
Tapiz de seda e veludo,
Brotam ecos da passagem
Num caminho que se desdiz
E, no prazo
Dos cardos que povoam o alento,
Das pétalas arquejadas pelo
vento,
Ficam as pedras feitas caminho
E desvelos de um sonhar torvelinho
Puxado o fio do enredo
Olhando o fim do percurso
Sobejam anseios mundanos
De mudos gritos ufanos
Fernanda Paixão
2-9-2014
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