Trago em mim algo maior,
Algo que me alegra ou me dói,
Que me cresce ou me corrói,
Algo que me obriga a ponderar,
Que me faz acreditar.
Algo de um tamanho sem medida
Que me aconselha ou trucida
E que em permanente investida
Me eleva no fado na vida
A alma que caminha comigo
No corpo que lhe serve de abrigo
Traja os meus olhos e a pele que me despe
Partilha a almofada e a noite agreste
A alma que em paz me adormece
E transborda num juízo tranquilo
Acalma o coração que ferido
Se aperta num ferimento sentido.
A alma que alimenta o meu ser
Que orienta o meu querer
Deixa que prossiga tranquila
Que não tenha nada a temer.
Fernanda Paixão
2012-07-21
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