Procurei o chão
que os olhos não
viam
qual falácia de um
tempo,
perpétuo, imortal,
uma lança tingida
de um uivo fatal.
Procurei o chão
de pedras
cinzentas
despegado,
infinito
com vidas
suspensas.
Procurei o chão
de correntes
liberto,
um trilho que
fosse,
um passo inquieto.
Transpus o limite
que
o bom senso
talhava,
uma linha invisível
que o desejo retalhava.
Procurei um chão
Livre de clausura
sem passos
impressos
orlado em candura.
Libertei-me do pó
pelas passadas içado
lancei-me no vento
sem destino
traçado.
Qual folha cadente
desprendida, sem
pé,
flutuo ou caio
Num eterno ensaio
Fernanda Paixão
2013-04-16
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