Há dias em que a vontade é desistir,
Pender os braços e apenas existir.
Deixar que construam barragens
Que apliquem complexas ferragens
Que usem de muitas grilhetas
Deixar o destino às roletas.
Há dias só a olhar para o chão
A deixar de lutar, a apear da razão.
E a olhar para o lado e o mundo a cair,
O carácter humano a diminuir.
Há dias que são só mais um dia.
Em que imergir é a uma agonia
Em que Lutar pela verdade
É penhor de fatalidade
Há dia em que ao olhar para o lado
Nos sentimos sozinhos.
Poucos seguiram os nossos caminhos.
Há dias em que dói a verdade.
No mundo não há dignidade!
Os valores perderam-se e
As palavras do homem aquiesceram-se.
E então
Isolamo-nos
Deixamos de lutar
Deixamos que o mundo se veja afundar
Fernanda Paixão
2012-04-18
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