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terça-feira, 23 de novembro de 2010

Veneno


Dá-me veneno!
Aquele veneno que me deste a provar
Aquele veneno que me fez levitar!

Dá-me veneno!
Molha os meus lábios com o sumo da vida,
Não me deixes assim desvalida!

Dá-me veneno!
Não quero morrer!
Dá-me veneno para eu não sofrer!

Dá-me veneno!
Daquele que é teu,
Dá-me veneno preenche o meu breu!

Dá-me veneno!
Sustem-me na vida,
Dá-me veneno que estou combalida!

Dá-me veneno!
Faz-me viver,
Transforma a minha noite em amanhecer!

Dá-me veneno,
Sem qualquer amargor.
Dá-me o veneno que é apenas Amor!
Dá-me o veneno que te corre nas veias
Partilha o meu mundo que capitaneias!

Dá-me o veneno, o mais puro de ti,
Vive comigo o que ainda não vivi!

Dá-me o teu Amor do qual sou viciada
Dá-me o teu Amor que me sabe a lágrima salgada.

Dá-me veneno!
Mantêm-me cativa,
Dá-me veneno!
Faz-me sentir que estou viva!


By Fernanda Paixão
23-11-2010

2 comentários:

  1. Sim, o amor às vezes é envenenado.
    E para qualquer veneno, deveria conhecer-se o antídoto...
    Mas nem sempre se é prevenido.
    Só que como dizia o filósofo "o que me não mata (destrói) fortalece-me", então vamos lá, tomemos desse veneno.

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