O seu pensamento é vazio
A sua vida incompleta.
O seu olhar é sombrio
E o seu corpo doentio.
O seu passo é incerto
O seu mundo um deserto.
A sua cama é de fel
Os seus lençóis são de papel.
A farpela foi-lhe dada
Maltrapilha e Aldrabada.
Ele vagueia errante
Num percurso inconstante.
E, se trôpego cai na calçada,
A custo retoma a passada.
E os seus olhos encovados,
Já sem cor e nostalgia,
Escondem o tremendo desgosto e
A falta de magia.
A vida passa-lhe ao lado
Nada lhe serve de consolo
Nada invade o seu mundo,
Feito de desconsolo,
Feito de nada e dor,
Feito de mágoa e ardor
Feito de raiva e despeito
Por todos os que como nós lhe faltam ao respeito
Descrente nos homens e em Deus,
Ele que foi esquecido pelos seus,
Espera agora indiferente
Perante os outros negligente
Que o mundo se vá fechando
E a vida se vá findando.
By Fernanda Paixão
2010-06-16
Já o tinha lido, voltei a lê-lo hoje,embora triste,é uma triste realidade sim,mas desperta-nos e faz lembrar que Mendigo é um ser humano.
ResponderEliminarA IMAGEM DO MENDIGO ,
ResponderEliminarME PERTURBA , POR PUNGENTE .
PUDERA EU SER ABRIGO ,
DESTE IRMÃO INDIGENTE .
Interessante. Gostei imenso.
ResponderEliminarSabes que tenho no meu blogue...algo no ultimo post que tem a haver precisamente com isto????
O FIEL DA BALANÇA
http://orespirardopensamento.blogspot.com
o outro blogue ligado às artes:
AFONSO ROCHA
http://afonsorochaescultura.blogspot.com
Beijo. Vou voltar para cuscar o blogue com mais calma.
Adriano e José, Bem-Haja por terem estado desse lado. Espero que continuem por aí.
ResponderEliminarAfonso, amigo artista, Bem-Haja pela visita e mais pelo comentário. Volta sempre
Beijos para todos