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sábado, 1 de março de 2025

Não vás


Quando eu morrer não vás a correr,

Não chores, não grites, nem te tão pouco tempo agites.

Não te enganes, faz o que sempre, tão bem, fizeste, 

aquele fingimento tão teu, tão inato, que engana o mais literato,


A tua roda de vida, falseada de etiqueta, corta laços de sangue como lâmina de baioneta.


Aquela ambição camuflada, aquela necessidade exaltada, de parecer sem ser, não a quero levar de ti quando morrer. 

Mantém a porta fechada, finge só mais uma vez, deixa-me partir em paz sem a tua falsidade voraz.


2025.02.22

Fernanda Paixão 


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