Fina
fita estirada
Residir
num paralelo;
Numa
fina fita estirada
da
qual não há sombra ao luar.
Um
fio riscado à mão
em
antracite esmigalhado
na
branca folha do destino.
Pende
a vontade
nos
passos oscilantes do andar.
Às
vezes apetece parar.
E
quando o corpo hesita,
na
vertigem do caminho,
e
a sombra da morte assola,
lacrada
num ocre pergaminho;
A
fina fita estirada, balança;
O
pendão cheira a incenso
daquilo
que pode ser.
É
frágil, tão frágil, a fina fita
que,
estreita, se agita num constante resignar,
num
constante oscilar;
num
constate cair para a seguir se levantar;
É
fina, tão fina, a frágil fita
que
nos força a volver a equilibrar.
Fernanda
Paixão
14/07/2015
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