Às vezes morremos
porque sim.
Outras vezes
morremos sem querer.
E há aquelas
vezes em que nos matam
Porque nos fazem
doer.
A dor que doí não
é a dor de morte.
A dor que doí é a
dor da fraca sorte,
a dor de
lentamente morrer,
de sempre dar e
nada receber.
A dor que doí é a
premeditação da morte infundada,
da vida incompleta
pela maldade ceifada
É a dor da
injustiça e das vozes caladas
É a dor que se
gera nas costas voltadas
A dor que dói é
da ausência de carinho
A dor que doí,
doí devagarinho
Às vezes morremos
porque sim.
Outras vezes
morremos sem querer.
E há aquelas
vezes em que nos matam
Porque nos fazem
doer.
Fernanda Paixão
30/Abril/2016
Sem comentários:
Enviar um comentário