Perdi os teus encantos,
A noite que vem mansamente
Que canta sons de enfeitiçar
Trouxe com ela a toada do meu
adejar
Perdi os afagos que deixas na
areia
As melodias que repetes em
cadeia
O murmúrio das ondas mais calmas
O troar que guardas de todas as
almas
Perdi a espuma que agitas em
tormento
A doçura de um descanso em morrinhento
O sabor salgado que nos deixas
na pele
O amargo de tua fúria, quase fel
Perdi as cores que perfilhas
para nós
O choro encoberto do teu verde a
sós
O sorriso rasgado do azul que
cintila
O negro da noite que a noite esmerila
Mas no eterno que é teu,
Na tua morrinha ou no teu apogeu
Voltarei a sonhar
MAR
22-07-2012 / 02-01-2013
Fernanda Paixão
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