Nada mais que sonhar
Pego na flor que emurchece,
Sob o halo de um sopro de enxofre
Devolvo um sorriso chorado,
Num grito calado de quem sofre
E da flor, entre mãos apertada
Restam pedaços escarlate
O fio da passagem arrestada
Um sopro de vida em rebate
E o caule, qual haste de ser
Da flor que na terra caiu
O fel do teu imo logrou
E uma nova natureza surgiu.
Fernanda Paixão
19-11-2012
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