Não me peças que diga o que sinto,
Minto!
Os meus olhos que parecem brilhar,
Escondem uma dormência triste.
Os sentimentos que partilham
Ocultam a melancolia que persiste.
Não me peças que diga o que sinto,
Minto!
Minha boca que anseia a tua.
O meu corpo que anela o teu.
Engano da vida assim crua.
Desengano de um desígnio meu.
Não me peças que diga o que sinto,
Minto!
Luto num sentimento meliante.
Recolho os pedaços de mim.
Divago num dilema constante.
Numa tortura sem fim.
Não me peças que diga o que sinto,
Minto!
O mundo que nos confunde,
Lançando o futuro à deriva
Perpétua imagens em nós,
Um sonho que nos cativa.
Não quero sofrer por sofrer-te.
Não quero um futuro em que indestinto
Se agora disser o que sinto,
Minto.
By Fernanda Paixão
2012-01-16
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