Roubei-te ao céu,
Fechei-te numa caixa que tranquei
Pudesse eu ter-te para sempre!
Espreito-te,
Deixo que me invadas e fecundes
Que te secundes em mim e logo foges e me contundes
Escondo-me,
Mergulho num profundo mar de silêncio
Isolo-me no escuro ao som calmo da noite
Embalo-me,
Nas lágrimas mudas que rasgam a face
Adormeço entre soluços e (des)ilusões que se tecem no enlace
Flutuo,
Nos acordes de uma melodia suave
Tento encontrar serenidade neste conclave
Questiono,
A paz que me percorre e serena
Olho a porta que me separa do real e me condena
Sinto
A brisa que sopra do mar
Deixo-me aconchegar
Sorrio
Ao desnudar-me ao luar
Deixo os meus fantasmas abalar
Aprendo
Ao despertar
A felicidade está onde a quisermos encontrar
Roubei-te ao céu
Fechei-te numa caixa que abro quando calhar
Fechei-te numa caixa que abro para partilhar.
By Fernanda Paixão
2010-07-15