Na
incerteza do amanhã … a dúvida de se o hoje existiu.
Dia
distante, longínquas palavras que a memória fez questão de apagar.
Onde
és?
Percorro
o horizonte e vejo apenas sombras.
Disse-te
que ia!
Bastava
o assombro da dúvida na curva da espera.
Não
te vejo.
Partiste
ou ceguei?
Fiz
tantos desenhos contigo.
Imaginei
cada dia expectante
Quem
és tu farol de promessas insípidas?
Quis
ser. Pensar-te, qual flor de pétalas coloridas ou rio de água fria.
Escrevi
nos caminhos, tantas vezes doridos, com mãos guerreiras da verdade
As palavras
loucas da justiça e da igualdade.
E a cada
inquietação, a dor por dor que era tua também
Tolha-me
os sonhos e,
Descrente,
caminho
incerta no pesar que a tua boca aperta
Fernanda Paixão
28/04/2014