Na
solidão das palavras
Definha-se.
São
armas poucas nesta díspar batalha perdida.
Todos
se escondem se a verdade se impõe;
São
lobos.
Alcateias
ávidas.
Cegos.
A
luz que os ofusca incendeia.
O
grito dos outros é-lhes surdo.
O
espelho da vaidade impede-os de atentar
E,
quais matilhas guiadas,
Caminham
insensíveis às brasas que lhes ardem os pés.
Uivos
salivantes, gulosos do poder perfilado no horizonte
Rasgam
a carne dos nus, despojados nos degraus das escadas
E
as paredes da injustiça nunca serão derrubadas.
By Fernanda Paixão
2013/09/17