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quinta-feira, 14 de julho de 2016

Apogeus




Guardo as palavras que me sobram.
A hora é mais bela no silêncio do olhar
Sinto o calor que o teu corpo emana
E respiro a custo o ar que me queima no arfar

Os meus dedos que procuram os teus,
No espaço vazio em que a procura se perde
Tocam na pele quente dos que procuram os meus
E deixo que a suave caricia da tua mão me herde

Os meus lábios sobem ao encontro dos teus
E no vórtice do toque quente e sem fim
Perdemos o tempo nestes apogeus
Em que selamos a vida em macio carmim

 Fernanda Paixão
01/07/2016