Páginas

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Onde estás tu omnipresente?





Triste,
de uma tristeza profunda
Daquelas que nos arrancam as entranhas e nos queimam a alma.
Daquelas tristezas que cavam valados dentro de nós
Que nos arrancam o coração com a mão cheia,
Oh vai-te embora bruxuleia
Triste,
De uma tristeza que corcunda,
Que nos põe na lama de tanto pesar
Que nos tira o folego de tanto chorar
Que nos grita a dor ao debelar….
Oh vai-te embora bruxuleia
Triste,
De uma tristeza infinita
Daquelas que nos amarram as mãos e nos roubam certezas
Daquelas tristezas que explodem o mundo expondo
Que nos marcam com ferros as suas cruezas
Oh vai-te embora bruxuleia
Triste,
Cansada,
Descrente
Onde estás tu omnipresente?
Oh vai-te embora bruxuleia
Fernanda Paixão

23/10/2015

terça-feira, 6 de outubro de 2015

Vida












Vida

Deixa que a vida corra,
livre, solta, fora do leito
e que transborde
e fecunde os campos
que te circundam,
que encha as tuas mãos
de simples nadas feitos da luz da lua
e que te pinte papoilas nas faces.
Deixa que a vida te banhe,
que te fecunde de borboletas
 e te desenhe sois de inverno nos pés.
Deixa que a vida te dance numa valsa em tons de azul
e te borde botões de rosa nos dedos das mãos.
Deixa que a vida te sobre,
que perdure e te transcenda
Deixa que a vida te surpreenda
e ri
e chora
e espera-a a cada hora

Fernanda Paixão

06/10/2015