Páginas

sábado, 7 de fevereiro de 2015

Sei lá






Sei lá se as folhas que cobrem o chão
Em tintes castanhos de outono
Tombaram porque morreram
Ou lacrimam de comoção
Sei lá se o mar que se agita
Em torvelinos de espuma
Declara mensagens de Amor
Ou clama da sua desdita
Sei lá se as gotas perfeitas
Que fruem do abrigo das nuvens
Soluçam em pranto arminho
Ou correm loucas, atreitas
Eu sei lá se a vida finda,
Ou se renasce sobrevinda,
Se há um fado em cada na vida
ou se  é uma partida …

Fruir-te no olhar mantem-me adolescida;

Fernanda Paixão

07/02/2015