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sábado, 27 de setembro de 2014

Erva daninha





Náufraga fora de norte
entre hemisférios perdidos,
Cambiantes de uma só cor das marcas dos corpos feridos.
Da chaga aberta pelas lanças
Tecidas de letras surdinas
Brota a seiva do corpo arrastado, descrente por vozes assassinas
Arremessadas por fracos, pardos poltrões
As sementes das ervas daninhas,
Escondem o cadáver tombado,
Corroído por cambiantes mesquinhas.


By Fernanda Paixão

27-09-2014