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segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Quero Amar-te




 
Quero Amar-te
Quero Amar-te,
A vida pende de um fio
Qual teia de aranha rasgada na fúria da presa;
Quero Amar-te,
A água agitada das palavras
Compõe aforismos da vida que vivemos;
Quero Amar-te
O eco do trovão
Ressoa nas paredes caiadas a dois;
Quero Amar-te
Sentir que a noite acaba a cada alvorada
Quero Amar-te,
Sem pressa, rasgando o pó dos caminhos
Deixando que o tempo nos charrue a pele e nos crave espinhos
Quero Amar-te
Na manhã soalheira ou sob o pó do luar
Caminhando a teu lado num simples partilhar
 
Fernanda Paixão
27-01-2014
 
 
 
 
 

domingo, 19 de janeiro de 2014

De ti


Para ti Princesa Catarina,
porque a Saudade Dói, e esta, imagino, é Enorme
 

 

 

Deixo vaguear a minha alma

Persistente em perder-se sem mim

Quando em dor o coração arde de uma ausência sem fim.

E na solidão da noite, quando as lagrimas caem pesadas,

E o corpo não me pertence,

Vogo contigo nesta saudade que me vence.

Sinto-te perto, aqui, num afago,

Nas palavras que tecias para mim

Feitas de um fio, qual cordão umbilical

Desse amor que será imortal.

E no meu corpo de menina, que embalavas no calor dos teus braços,

Nos meus olhos que, apenas, parecem sorrir

Clamo por ti, não percebo porque partiste assim.

Vejo os teus olhos meigos no brilho do sol,

O sussurrar da tua voz na brisa do vento

Recebo, doces, os teus beijos que perpetuas no firmamento.

Sinto-te aqui junto de mim.

Porque, meu bem-querer, sei-te meu querubim.

 

Fernanda Paixão

19-01-2014

 

 

 

 

 

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Este Tempo

 
 
 
Discorre este tempo,
Ausente de mim!
Sou-lhe indiferente,
Um nada sem fim!
 
Discorre este tempo
Em fitas de cetim,
Escrevendo a história
Em folhas de pasquim!
 
Este tempo que sobeja se lento,
Em rasgos de opressão,
Urge apressado
Em cada jubilação!
 
Discorre este tempo
Numa dança, em festim!
Sou-lhe infiel
Não se apercebe de mim!
 
E na letargia de alvores
Vagueia este tempo
Manchado de cores
Pois nele residem tantos amores!
 
Cabem no tempo todos os ecos,
as vozes dissonantes,
 os ensejos gorados
E as lágrimas concomitantes!
 
Neste tempo, carrasco da vida
Em que hei-de soçobrar
Navega a minha alma,
que, volúvel, insiste em vogar!
 
Discorre este tempo,
Ausente de mim!
Sou-lhe indiferente,
Um nada sem fim!
14.01.2014
Fernanda Paixão