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quinta-feira, 13 de junho de 2013

Abraçados





Beijo teus olhos que dormem
E o teu corpo que neles se embala.
Toco ao de leve os teus dedos
E brinco na palma da tua mão.
Desenhos que faço, tão calmos,
Ficam-te marcados na pele.
Sussurro palavras e
Agitas o corpo esquecido,
Roças os alvos lençóis.
Vincos, mais vincos e pregas,
Rodas o corpo dormente,
E a tua alma aquiescente e  
A tua boca conivente
Entregam-se na procura de um beijo.
Descanso meus lábios nos teus,
Entrelaçamos os dedos da nervosos,
Aninho-me nos por teus braços, ainda Morfeus.
Lá fora nada se renova
Ninguém se altera e as horas avançam
e nós aqui embalados num doce torpor
Fingimos.
Fingimos que somos só nós …


By Fernanda Paixão

31-09-2011

2 comentários:

  1. Lindíssimos os seus poemas...
    Uns extremamente reais...
    Outros docemente sensuais...mas sempre construídos por num conjunto de palavras que poeticamente se encaixam como se fossem desenhos recortados que se encaixam como um puzzle...
    Parabéns.
    Xbrito

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  2. As suas palavras foram um doce abraço que retribuo. Bem-Haja pela leitura.
    Beijo

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