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terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Paixões


Paixões.
Quem as não tem?
Fechadas, às vezes sonhadas, vividas como se não houvesse amanhã.
Paixões furtivas, assumidas, dissimuladas.
Paixões saqueadoras, manipuladoras, abnegadas.
 Flamejos violentos, assaltantes vorazes.
Um sono perdido, torrentes de lágrimas, almas perfeitas nas mãos que aceitas.
Sonhos, ilusões, passos outras direções sem sentido num caminho perdido em tantas emoções.

By Fernanda Paixão
2012-01-24

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Se te disser o que sinto, minto.



Não me peças que diga o que sinto,
Minto!
Os meus olhos que parecem brilhar,
Escondem uma dormência triste.
Os sentimentos que partilham
Ocultam a melancolia que persiste.
Não me peças que diga o que sinto,
Minto!
Minha boca que anseia a tua.
O meu corpo que anela o teu.
Engano da vida assim crua.
Desengano de um desígnio meu.
Não me peças que diga o que sinto,
Minto!
Luto num sentimento meliante.
Recolho os pedaços de mim.
Divago num dilema constante.
Numa tortura sem fim.
Não me peças que diga o que sinto,
Minto!
O mundo que nos confunde,
Lançando o futuro à deriva
Perpétua imagens em nós,
Um sonho que nos cativa.
Não quero sofrer por sofrer-te.
Não quero um futuro em que indestinto
Se agora disser o que sinto,
Minto.

By Fernanda Paixão
2012-01-16

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Noturno





Sombra bailarina de luz e prata,
Revelada na parede ou na calçada do chão.
Tecla acariciada em acordes em dó
Que compõe a melodia do pensamento
e se descobre no silêncio e na penumbra.
Sonho colorido desbravado no cinzento da noite
Calma metamorfose que me percorre no
Silêncio em que escrevo flutuações
Fios de luz com os que bordo a paz
Assombramento que se esconde ou confessa
Fantasmas que declamam rumores
Aromas dos meus amores
Na noite que me apela
Suspiros, ausências, presenças
Calma, agitação
Noturno em comunhão

By Fernanda Paixão
2012-01-05